domingo, 13 de setembro de 2009

Quando a filha sai de casa - Relato de uma recém abandonadora de lar (parte 1)


Pensei que seria mais fácil.

Não é.

Pensei que me conhecia.

Não conheço.

Pensei que tudo se resolveria.

Mas foi só em partes.

A vida sozinha está me levando a pensar mais sobre minha personalidade e está me impulsionando a me tornar uma pessoa melhor.

Bom, hoje completam exatas duas semanas morando alone by myself.

Avaliando esse período, posso dizer que está sendo muiiiiito, mas muiiiito bom mesmo.

O silêncio. A individualidade. O encontro comigo mesma. A liberdade de agir no meu espaço. A alimentação saudável (mais pela falta de grana do que pelo gosto mesmo. rs). A música que eu gosto. As madrugadas acordada. O nascer do sol. O brilho do mar. A paz. A calma. A vida.

Estou simplesmente amando minha vida solitária. Não tão solitária assim, pois divido o apê. Mas como não vejo ninguém... é solitária mesmo.

Ao mesmo tempo, estou surpresa com algumas coisas:

Sou bagunceira horrores. A minha disciplina tende a menos infinito.

Minha preocupação com meu impacto no meio ambiente parece ser inata.

A atração com a cama é algo que está me deixando de cabelo em pé! (mais do que já é!). Não estou sentindo falta da casa de meus pais.

Chegar e saber que não tem ninguém te esperando é bom! (pelo menos, está sendo por enquanto.).

Não estudo porque sou descarada mesmo! A vida só começará a andar quando eu parar de dormir.

A desorganização está comandando meu espaço. Não sou quem eu imaginei que fosse. Minha família está numa situação complicada sem mim. Ainda preciso intervir na casa dos meus pais para uma boa convivência entre eles.

Na verdade, hoje eu gostaria de escrever sobre isso. Sobre como os pais se doam tanto para os filhos e para a família (tudo bem, nem todos...) que acabam esquecendo de si mesmos. Esquecem que têm vida própria. A mãe esquece que é mulher. O pai não esquece que é homem. A mãe carrega água no cesto para os filhos. O pai não sossega enquanto não vê a satisfação dos filhos. E por aí vai.

Sinceramente, agradeço de coração aos meus pais por todo amor e cuidado com os quais eles me criaram e me criam. Agradeço do fundo do coração. Mas hoje, após pensar um pouco, e após conhecer pais “diferentes”, constatei que a individualidade é essencial para a boa convivência do ser humano consigo, com os outros e com a vida. Mesmo ele sendo pai, mesmo ele sendo mãe: prezar pela própria individualidade e pela própria realização é essencial.


...to be continued...


GE

5 comentários:

  1. Novidades em foufã!??!
    É isso aí, chega uma hora em que é necessário deixar a casa, o conforto e a companhia diária dos pais para ganharmos mais responsabilidades, autonomia... errar e aprender!!!
    Boa sorte nesta nova etapa!!
    Vou ficar com saudade da minha amiga/vizinha quase de janela!! rsrsr

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  2. Você deu um grande e importante passo minha Granola Encantada e eu estou altamente feliz com a sua "nova" vida.
    Agora você é gente grande hehehehee!!!
    :)
    Quero conhecer seu apto!!!!!
    Veca

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  3. Sabe que desejo a sua felicidade! Sempre! Então: Sucesso!!! Seja onde for!!!

    AMOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!

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  4. Ah!!! Tem a parte II???? Cade??????????

    Bjossssssssssssss

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  5. Cadê vc gata!?!?
    Atualiza esse blog! :P
    Falta a parte II mesmo...heheh
    bjooos

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